A participação dos funcionários na escolha dos CEOs pode melhorar o ambiente de trabalho e gerar líderes mais eficazes?
Escolher um CEO geralmente é uma decisão tomada a portas fechadas pelos conselhos de administração. No entanto, o impacto dessas escolhas afeta diretamente os funcionários, que muitas vezes são deixados de fora desse processo crucial. Mas e se os colaboradores tivessem um voto na escolha do CEO? Essa ideia, embora pareça radical, pode resultar em uma liderança mais conectada à realidade da empresa e em uma cultura organizacional mais forte.
Funcionários, lealdade e visão de negócios
Críticos da ideia argumentam que os funcionários não possuem conhecimento ou lealdade suficientes para ter uma participação ativa na escolha dos líderes da empresa. Mas, como destaca Rosabeth Moss Kanter, professora da Harvard Business School, essa crítica é infundada. Ela acredita que a falta de lealdade é um ciclo vicioso, causado pela repressão das vozes dos funcionários pelas lideranças. Quando os trabalhadores não são ouvidos, a lealdade diminui ainda mais.
Na prática, os funcionários estão na linha de frente dos negócios. Eles lidam diretamente com clientes, produtos e serviços, e podem observar as tendências que afetam o dia a dia da organização. Com essa visão estratégica, eles têm uma perspectiva única sobre os desafios que um novo CEO enfrentará e sabem se estarão dispostos a seguir sua liderança com entusiasmo ou resistência.
Exemplos de fracasso por falta de conexão
Um exemplo claro do impacto de uma liderança desconectada vem de um caso real envolvendo um varejista multicanal. A empresa contratou um CEO que desconhecia as operações de loja e implementou uma estratégia que não fazia sentido para os colaboradores. O resultado? Ceticismo e falta de comprometimento dos funcionários, levando a uma piora no desempenho das lojas e, eventualmente, ao fechamento de várias unidades.
Por outro lado, em uma cooperativa financeira regional observada por Kanter, a CEO eleita não era a sucessora indicada, mas conseguiu a posição ao conquistar a confiança dos funcionários com um plano claro de reestruturação. Seu engajamento direto com os colaboradores foi fundamental para seu sucesso.
Cooperativas como exemplo de sucesso
Embora possa parecer uma ideia ousada, dar aos funcionários um papel na escolha de CEOs já é uma realidade em cooperativas. Organizações como o Crédit Agricole, na França, e Land O’Lakes, nos EUA, são exemplos de cooperativas de grande porte onde os funcionários, ou seus representantes, têm voz na escolha dos líderes. Nessas organizações, os líderes são escolhidos não apenas por suas qualificações, mas por sua capacidade de se conectar com a equipe e alinhar-se com os valores da organização.
E se o CEO “fizesse campanha”?
Mesmo sem uma eleição formal, algumas empresas já experimentam processos semelhantes. Em uma organização de médio porte, um candidato a CEO pediu para realizar um diagnóstico completo da empresa e se encontrou com funcionários de diversas áreas para apresentar seu plano de recuperação. O apoio dos funcionários foi tão forte que acabou garantindo sua nomeação. Isso também garantiu o comprometimento dos colaboradores com a execução do plano.
Benefícios de ouvir os funcionários
A ideia de dar voz aos funcionários na escolha do CEO enfrenta resistência, especialmente de candidatos, consultorias de recrutamento e conselhos. No entanto, envolver os colaboradores nesse processo pode trazer benefícios significativos para a estratégia de negócios e a cultura empresarial. A participação dos funcionários poderia evitar favoritismos e fortalecer o comprometimento da equipe com a direção da empresa. Ao confiar no conhecimento daqueles que estão na linha de frente, as empresas poderiam escolher líderes mais preparados para os desafios reais.
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