Explorando o Debate sobre Sites Feitos para Publicidade na Indústria do Marketing
A indústria do marketing digital está em uma encruzilhada com o crescente debate sobre os sites “Made for Advertising” (MFA), que atraem usuários através de manchetes sensacionalistas e lucram com a exibição massiva de anúncios. Estes sites são criticados por oferecer uma experiência de usuário degradante, resultados questionáveis para anunciantes e um impacto ambiental negativo devido ao alto consumo de energia para manter os leilões de anúncios.
Os sites MFA são conhecidos por atualizar seus anúncios agressivamente, exibindo o mesmo anúncio repetidamente durante uma sessão de navegação. Isso pode levar as marcas a pagar preços exorbitantes por uma visibilidade mínima e questionável. Por exemplo, a Comcast foi relatada pagando taxas comparáveis às do Super Bowl para alcançar um consumidor em um desses sites, segundo um estudo da Adalytics.
Apesar das críticas, esses sites representam uma parcela significativa dos gastos com publicidade online, aproximadamente 15% ou cerca de US$ 10 bilhões em receitas anuais, conforme estimativas da Associação Nacional de Anunciantes (ANA). A eficácia dos sites MFA está sob questionamento, especialmente com a ocorrência frequente de definições inconsistentes e a inclusão errônea em listas de bloqueio, dificultando a avaliação correta por parte dos anunciantes.
Alguns defendem que, se um profissional de marketing busca alcançar uma grande audiência a baixo custo e apenas deseja aumentar o reconhecimento da marca, a inclusão em alguns desses sites pode ser aceitável. “Se as pessoas estão vendo o logo da minha marca, isso já é um ganho”, argumenta Shiv Gupta da U of Digital.
A indústria, liderada por grandes grupos comerciais e empresas de tecnologia publicitária, tem se posicionado contra essa estratégia, argumentando que a má experiência do usuário compromete totalmente a eficácia dos anúncios. Sites MFA normalmente apresentam um alto volume de publicidade intrusiva, conteúdo genérico, e vídeos que iniciam automaticamente, além de um tráfego majoritariamente derivado de anúncios pagos.
Esses sites têm sido denominados como “feitos para arbitragem”, onde o tráfego é comprado a baixo custo e revendido a preços elevados, gerando lucro na diferença. O termo “lixo” foi usado para descrever esses sites, sugerindo uma qualidade significativamente inferior.
Os sites MFA, que têm existido há anos, mostraram um aumento na sua participação em leilões de anúncios desde o início de 2020, mas recentemente têm visto uma redução, possivelmente devido a novos relatórios e pressões da indústria que destacam sua ineficácia.
O debate sobre sites “Made for Advertising” (MFA) divide opiniões na indústria publicitária. Por um lado, esses sites geram receitas significativas, mas por outro, são criticados por práticas que prejudicam a experiência do usuário e oferecem resultados duvidosos para os anunciantes. A discussão continua, com a indústria buscando formas de melhor regulamentar e definir práticas mais eficazes para a publicidade online.
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